No mês da mulher, confira dicas para a saúde feminina
8 de Março é um dia para celebrar o reconhecimento da mulher e suas conquistas na sociedade!
Em março, é celebrado anualmente o mês da mulher. Se já não bastassem todos as dificuldades que envolvem o universo feminino, elas ainda têm que se preocupar com doenças que têm maior incidência exatamente entre seu gênero – ou, às vezes, que as afetam exclusivamente. Com tantos perigos à espera, é bom saber as características, causas e tratamentos para cada um dos males do cromossomo X.
Mulheres, muitas vezes, têm que abraçar mais de uma função na sociedade. Os avanços sociais nas últimas décadas alavancaram os números femininos em indústrias e escritórios ao redor do Brasil, o que é deveras positivo. Porém, ainda é extremamente comum que mães tenham que se desdobrar entre sua vida profissional e a vida dentro de casa, tomando as rédeas da vida domiciliar e liderando ações como levar os filhos na escola, fazer as compras no supermercado e se preocupar com as responsabilidades e necessidades das crianças. Assim, fica difícil achar um tempo para cuidar de seu próprio corpo, o que pode levar a sérios problemas de saúde. Confira abaixo alguns dos males que mais afetam o universo feminino:
1 – Câncer de mama:
o primeiro item da lista não poderia ser outro. O mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, ele representa 25% dos novos casos de câncer todos os anos. Em 2017, por exemplo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou que foram diagnosticados mais de 57 mil casos apenas no Brasil. A boa notícia é que, quando encontrado nas fases iniciais, a possibilidade de cura é significativamente maior. Assim, realizar exames preventivos, como o autoexame, a ultrassonografia de mamas e a mamografia, é fator fundamental para o rastreio e tratamento dessa moléstia. Ao encontrar qualquer anomalia ou nódulo em seus seios, alterações na pele e nas axilas e secreções estranhas no mamilo, procure um médico imediatamente.
2 – Câncer de colo de útero:
pesquisas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mostram que há 15 novos casos que surgem a cada 100 mil brasileiras anualmente. O câncer de colo de útero tem como suas principais causas o início precoce da atividade sexual, a higiene íntima inadequada e o Papilomavírus Humano, conhecido como HPV. Sintomas incluem o sangramento vaginal após uma relação e, em estados mais avançados, hemorragias, dores na lombar e no abdômen e até perda de peso. Há uma boa notícia, porém: a famosa vacina HPV, destinada a jovens, principalmente antes de iniciar suas atividades sexuais, ajuda a prevenir a doença e reduzir em demasia o risco dela. Ainda assim, recomenda-se estar sempre em dia com seus exames clínicos anuais e com o Papanicolau.
3 – Esclerose múltipla:
essa doença crônica, inflamatória e degenerativa perturba o sistema nervoso central e afeta até quatro vezes mais mulheres que homens. Alguns dos sintomas são: fadiga, visão turba, alteração do equilíbrio, dificuldade em urinar e perda de sensibilidade nos órgãos sexuais. As causas do transtorno não são conhecidas e, por isso, é de extrema importância que a paciente busque um médico ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados acima.
4 – Osteoporose: esta doença metabólica e sistêmica acomete os ossos e afeta principalmente pessoas já na terceira idade. Ela ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo o suficiente, o que deixa o esqueleto mais frágil. As mulheres, por perderem densidade óssea mais rapidamente após a menopausa, tem um risco aumentado de lesões com a doença. Para se prevenir, é recomendado 1.200mg de cálcio por dia, que podem ser ingeridos com o consumo de leite e outros laticínios, como o queijo.
5 – Depressão:
apesar de este ser um transtorno que não diferencia entre raça, idade, gênero ou sexualidade, a depressão é mais comum entre mulheres mais velhas, em razão das mudanças que ocorrem durante a menopausa. Ela pode ser combatida com remédios, se necessário, mas o fundamental mesmo é buscar assistência psicológica ao menor sinal da doença. Alguns dos sintomas são: perda de apetite, fadiga extrema, irritabilidade, falta de motivação e diminuição da capacidade de sentir alegria.
Independentemente do gênero, é importante lembrar de sempre visitar seu médico regularmente, alimentar-se de forma saudável e praticar exercícios físicos e atividades prazerosas. Que no mês das mulheres, brindemos a delicadeza do nosso ser, com saúde e alegria! Parabéns à todas nós!
*Dra. Camila Barbosa da Silva é coordenadora médica da Unidade de Clínica Médica e Plantonista do Pronto Socorro Adulto do HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo (SP).