Microagulhamento trata afinamento e queda capilar e melhora qualidade e crescimento dos fios
Técnica beneficia homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, e promove microlesões na pele do couro cabeludo, que causam uma liberação de substâncias responsáveis por ativar a multiplicação celular e das raízes do cabelo, engrossando os fios e favorecendo o crescimento
Você já ouviu falar do microagulhamento capilar? Na técnica, muito utilizada para o crescimento do couro cabeludo, agulhas finas, pequenas e estéreis são aplicadas na pele do couro cabeludo, em diversos pontos. “Vários dispositivos podem ser usados com essa finalidade: rollers (rolinhos), stamps (espécie de carimbo com agulhas), aparelhos robotizados com ponteiras contendo agulhas e máquinas semelhantes aos dispositivos usados para tatuagem. Ativos estéreis que beneficiem os tratamentos capilares podem ser aplicados concomitantemente, tendo maior absorção pela raiz do cabelo”, afirma a dermatologista e tricologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. “Essa técnica é versátil e pode beneficiar o tratamento do afinamento capilar senil e por calvície, pode ser usada no tratamento da alopecia areata para injetar ativos e medicações diretamente na raiz do pelo, para melhorar o crescimento e recuperação de quadros pós queda e pode ser uma estratégia para melhorar o crescimento dos fios”, acrescenta.
O microagulhamento tem sido uma das armas mais promissoras no tratamento da calvície, como enfatizado em congressos importantes da Dermatologia e Tricologia. “O microagulhamento promove microlesões na pele do couro cabeludo que causam uma liberação de substâncias responsáveis por ativar a multiplicação de células da pele e das raízes dos cabelos, promovendo a cicatrização local. Esse estímulo à multiplicação celular, quando age na raiz do cabelo, resulta em mais células sendo produzidas no bulbo capilar, o que engrossa o cabelo e favorece seu nascimento e crescimento”, diz a médica. Tanto homens quanto mulheres podem se beneficiar, assim como diferentes faixas etárias.
A médica explica que, para realizar o tratamento, o paciente não deve ter lesões na pele do couro cabeludo, como feridas ou lesões suspeitas de câncer de pele, por isso, a avaliação com dermatologista é fundamental. “O couro cabeludo é submetido a uma limpeza profunda com substâncias degermantes, as mesmas usadas pré cirurgia, para que não haja infecção. O microagulhamento, então, é realizado. O procedimento leva cerca de 30 minutos para ser feito e em média, indicamos seis sessões com intervalos mensais entre elas. No geral, os primeiros resultados são notados com 3 meses de tratamento”, diz. Vale dizer que independente do dispositivo utilizado, o uso dever ser único, com as agulhas estéreis sendo descartadas após cada aplicação. “Por se tratar de uma técnica minimamente invasiva, a aplicação deve ser feita por médicos, já que podem ocorrer complicações como infecção, se uma técnica inadequada for aplicada.”
Vários ativos podem ser utilizados após o procedimento para potencializar os tratamentos. “Vitaminas e aminoácidos ajudam no nascimento de fios mais fortes e saudáveis; minoxidil pode ser usado, pois é um importante aliado no combate da calvície e da queda capilar; os fatores de crescimento estimulam a multiplicação da raiz do cabelo; a finasterida bloqueia a ação dos hormônios masculinos na raiz do pelo, mecanismo importante no controle da calvície; e até corticoides, no caso de alopeciais cicatriciais e autoimunes. Para um tratamento eficaz, o diagnóstico correto feito por dermatologista especialista é fundamental e é esse profissional quem saberá montar a melhor combinação de ativos para cada paciente, pois como há remédios, há contraindicações e indicações para cada substância”, explica a médica.
Os resultados começam a aparecer em 3 meses e o tratamento clínico prescrito pelo dermatologista, com medicações de tomar ou aplicar diretamente no couro cabeludo, potencializam o resultado do microagulhamento.
DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br