Exposição da fotógrafa norte-americana Vivian Maier a partir de hoje em Cascais

Mais de uma centena de trabalhos da fotógrafa norte-americana Vivian Maier podem ser vistos, no Centro Cultural de Cascais, até 18 de maio, numa “mostra inédita” em Portugal.

Com curadoria de Anne Morin, “Vivian Maier: Street Photographer”, segundo a Fundação D. Luís I, que coorganiza a exposição, reúne 135 trabalhos, entre fotografias e filmes em Super 8, da “ama que impressionou o mundo com a sua fotografia e que, através da sua profunda vontade de documentar, registar e interpretar o mundo ao seu redor, captou inúmeras peculiaridades da América urbana, na segunda metade do século XX”.

Os trabalhos que estarão em exibição em Cascais, realizados entre 1953 e 1984, na sua maioria a preto e branco, “incluem uma série dos peculiares autorretratos da artista realizados com um cunho muito pessoal, quase como se estivessem assinados”.

“São também apresentadas fotografias a cores que Maier produziu nos últimos 30 anos da sua vida, nas quais se evidencia o seu olhar atento para a harmonia das cores na composição das imagens”, lê-se num comunicado da fundação.

Vivian Maier (1926-2009) é “uma artista velada pelo mistério”, que durante mais de quarenta anos trabalhou como ama em Chicago.

“Nos tempos livres, percorreu as ruas daquela cidade e de Nova Iorque, fotografando cenas da vida quotidiana com empatia, espontaneidade e sensibilidade, observando pessoas de todas as idades e classes sociais, e captando os seus retratos em arrojados enquadramentos”, recorda a fundação.

O resultado desses passeios “é uma obra impressionante que compreende mais de 100 mil imagens, descobertas em 2007 quando o historiador John Maloof, mais tarde também ele fotógrafo e realizador de cinema, comprou em leilão o conteúdo abandonado de dois contentores de armazém e se viu na posse de milhares de negativos, diapositivos e fotografias impressas, além de uma série de vídeos caseiros e gravações de áudio”.

Vivian Maier, filha de pai austríaco e mãe francesa, nasceu em Nova Iorque, em 1926, tendo vivido a maior parte da juventude em França.

Em 1951, quando começou a trabalhar como ama, regressou aos Estados Unidos. Morreu em Chicago, em 2009, aos 83 anos.

O trabalho de Vivian Maier foi tema de um documentário, “À Procura de Vivian Maier” (2013), de John Maloof e Charlie Siskel, nomeado para um Óscar.

A exposição “Vivian Maier: Street Photographer” é coorganizada pela Fundação D. Luís I e a Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.

Fonte: Lusa

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