Duas dezenas de projetos de dança vão se apresentar nos palcos da Gulbenkian
Duas dezenas de projetos na área da dança, apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, vão se apresentar entre 24 de junho e 04 de julho, em Lisboa, através de artistas como Mariana Tengner Barros, Miguel Bonneville e Sónia Baptista.
Durante dois fins de semana, no ciclo “P de dança”, dezenas de artistas que receberam apoios do Programa Gulbenkian Cultura, entre 2011 e 2017, vão apresentar uma seleção de projetos que cruzam múltiplos temas, disciplinas e formatos, da ‘performance’ à exposição ou conferência, anunciou a organização.
Com curadoria de João dos Santos Martins – coreógrafo e bailarino transversal na área da dança – os projetos escolhidos “testemunham o caráter versátil do que é a dança hoje enquanto prática expandida”, sublinha, citado num comunicado da Fundação Gulbenkian.
A mostra, que durará oito dias, cumpre uma dupla função, segundo o curador: “Por um lado, revitalizar o circuito da dança contemporânea no contexto pandémico atual, recolocando o questionamento do corpo e das suas formas de visibilidade no espaço público como determinantes numa sociedade que se vê privada de corpo social, e, por outro, reforçar a relação da Fundação com a dança contemporânea para o futuro”.
Entre os projetos – de artistas como Sofia Dias e Vítor Roriz, Luís Guerra ou Flora Détraz – contam-se “Do we dream every night”, de Vitalina Sousa, a conferência “I’d rather not”, de Andresa Soares, com Vera Mantero e João Ferro Martins, e a visita guiada “O Museu Invisível”, de Luís Miguel Félix e Ben Evans.
“Do we dream every night” vai ser acompanhado de uma exposição dos artistas Catarina Botelho, Pedro Tropa e Teresa Santos, no ‘hall’ da zona de congressos, da Gulbenkian.
Algumas das peças previstas no ciclo serão estreias em Portugal, como “Museu Encantador”, de Rita Natálio e Joana Levi, e “O Museu Invisível”, enquanto outras estarão em palco pela primeira vez em Lisboa, como “Cyborg Sunday”, de Dinis Machado, “Nameless Natures”, de Joana von Mayer Trindade, e “Reiposto Reimorto”, de Catarina Miranda.
Com o ciclo “P de dança”, a Gulbenkian diz querer apresentar “uma fração do que tem sido a ação” da Fundação na dança “desde o fim do Ballet Gulbenkian, em 2005”, com a “atribuição de centenas de apoios à criação e internacionalização de projetos independentes de dança contemporânea”, e também mostrar um “espelho da diversidade que constitui a cena da dança emergente em Portugal nos últimos dez anos”.
O programa abre a 24 de junho — quinta-feira – com “Trovoada” (2014, de Luís Guerra, seguido de “Velvet N’Goldmine” (2016), de Aurora Pinho, no Grande Auditório, e na sexta-feira estarão, em vários palcos da sede da Fundação, Joana von Mayer Trindade, com “Nameless Natures” (2015), Joana Castro, “Perto…Tanto Quanto Possível” (2014), Matthieu Ehrlacher, com “Cocoon” (2017).
Luís Miguel Felix & Ben Evans, Rita Natálio & Joana Levi, Joana Castro, David Marques, Catarina Miranda, Maria Ramos, Vitalina Sousa, Gustavo Ciríaco & António Pedro Lopes, Dinis Machado, Filipe Pereira & Teresa Silva contam-se também entre artistas participantes.