Dica de Série: The Crown

SINOPSE:

Filha do rei George VI (Jared Harris), Elizabeth II (Claire Foy) sempre soube que não teria uma vida comum. Após a morte do seu pai em 1952, ela dá seus primeiros passos em direção ao trono inglês, a começar pelas audiências semanais com os primeiro-ministros. Ela assume a coroa com apenas 25 anos de idade, mas com grandes compromissos vêm grandes responsabilidades.

ANÁLISE (1ª e  2ª Temporadas):

The Crown é a produção mais cara da Netflix até hoje e o mais curioso é que os assuntos que a série aborda já foram de alguma forma cobertos pela grande mídia, então por que apostar tanto nessa série?
A primeira resposta, sem dúvidas, é a curiosidade de entender como é a vida da Coroa Britânica.
A mensagem principal é que a Coroa sempre deve prevalecer e com isso vem um conjunto de responsabilidades e consequências que afetam não só a rainha mas todos ao seu redor, especialmente a sua família e a forma como os membros demonstram afeto (ou não demonstram, para ser mais sincero).
Achei muito interessante o desenvolvimento de Elizabeth II e o desaparecimento de Elizabeth Windsor, mulher, mãe, esposa, irmã e filha. Duas Elizabeths constantemente em conflito – a mulher e a coroa.
A primeira temporada tem o arco definido pela formação de Elizabeth como soberana. Winston Churchill tem um papel decisivo em ajudar a jovem Elizabeth a entender o peso do seu cargo nessa primeira fase. Claire Foy aqui demonstra o porquê é uma das melhores atrizes da atualidade com uma atuação que lhe rendeu o Globo de Ouro.

A segunda temporada é dedicado à crise no casamento de Elizabeth e Philip. O ponto alto é o encontro da soberana com John e Jackie Kennedy. O final do episódio retratando o assassinato do presidente estadunidense é avassalador.
Na questão técnica, The Crown é impecável, os ângulos das câmeras e toda a ambientação dos palácios são muito fiéis.
A ótima atuação dos personagens secundários, especialmente Matt Smith, Vanessa Kirby, são essenciais para o desenvolvimento da trama.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

NOTA: 9/10

ANÁLISE (3ª e 4ª Temporadas):

Abordando a tumultuosa década de 80, “The Crown” oferece uma das suas temporadas mais conflituosas.“Quanto menos pensar, sentir, respirar, existir?”Esse trecho representa muito bem a terceira e quarta temporadas de The Crown, pois demonstra muito bem o fato de que a Coroa se tornou algo completamente irrelevante para os dias de hoje.

A mudança de elenco faz com que a qualidade nas atuações caiam, não que sejam ruins, especialmente Olivia Colman que apesar da boa atuação, não chega nem perto do carisma de Claire Foy.
A terceira temporada é a mais fraca das quatro, trazendo eventos que são na verdade a preparação para a quarta temporada, especialmente o desenvolvimento de Charles, muito bem interpretado por Josh O’Connor. O ponto mais alto da terceira temporada é o capítulo sobre a tragédia de Aberfan, sendo um verdadeiro soco no estômago.

A quarta temporada tem um salto enorme de qualidade em relação a terceira, pois introduz duas personagens muito interessantes, Diana e Margaret Thatcher, interpretadas espetacularmente por Emma Corrin e Gillian Anderson respectivamente.
A direção e o roteiro foram muito bem feitos, já que cobrem uma das décadas mais conturbadas da história britânica, especialmente no que se refere a política e à Coroa.
A relação de Margaret Thatcher e Elizabeth, são muito interessantes, já que começou muito bem e com o tempo, mostram uma rainha que não consegue se segurar diante de alguém com uma personalidade muito forte.

A princesa Diana, rouba a cena quando está em tela, já que a série acerta em não coloca-lá como uma santa mas sim como alguém com sonhos, defeitos e que não faz a menor idéia do que a espera ao aceitar se casar com Charles. O carisma, o olhar e os gestos de Emma Corrin faz com que fiquemos ansiosos por vê-em cena o máximo possível.
Diana e Thatcher são os grandes motores da quarta temporada e para quem gostou de como a série se desenvolveu especialmente com o elenco antigo, irá se surpreender com o quão excelente é essa temporada.⠀⠀⠀

ONDE ASSISTIR: Netflix
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NOTA: 8/10 ⭐⭐⭐⭐⠀⠀⠀

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