Filmes sobre João Pedro Almendra e Ney Matogrosso no festival IndieLisboa
Um documentário sobre João Pedro Almendra e o punk português, e filmes sobre Ney Matogrosso, Shane McGowan e St. Vicent compõem este ano a programação IndieMusic do festival IndieLisboa.
O IndieMusic “aponta este ano um maior foco a histórias individuais, desde ícones de punk, mundiais e nacionais, artistas que se reinventaram e outros que se dão a revelar”, refere a direção do IndieLisboa.
Fazendo a ponte entre cinema e música, o IndieMusic é uma das secções competitivas do festival IndieLisboa, este ano agendado de 21 de agosto a 06 de setembro, no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa e Cinema Ideal.
Entre as 11 longas-metragens anunciadas está o documentário “Já estou farto!”, de Paulo Antunes, sobre o músico João Pedro Almendra, um dos nomes do punk português dos anos 1980 e 1990, que fez parte de bandas como Ku de Judas e Peste & Sida, e esteve na génese dos Censurados.
Em 2019, Paulo Antunes tinha apresentado no IndieLisboa o filme “Um punk chamado Ribas”, sobre o músico João Ribas, também dos Censurados, Ku de Judas e Tara Perdida, que morreu em 2014.
O IndieMusic contará ainda com “Ney à flor da pele”, de Felipe Nepomuceno, que articula quase 50 anos de imagens de arquivo sobre e com o artista brasileiro Ney Matogrosso, que completará 80 anos em agosto.
Outras escolhas da direção do IndieLisboa para o IndieMusic passam, por exemplo, por “Crock of gold”, sobre o músico Shane MacGowan, dos The Pogues, “Poly Styrene: I Am a Cliché”, sobre a antiga vocalista das X-Ray Spex, e “Mimaroglu: The Robinson of Manhattan Island”, sobre o músico turco Ilhan Mimaroglu.
Entre as curtas-metragens escolhidas, três são portuguesas: “Eram 27 dias e paraste”, filme de bastidores sobre a apresentação do álbum “Uma palavra começada por N”, de noiserv, “Caudal”, filme sobre um concerto dos Solar Corona, e “We Were Floating High”, que segue os First Breath After Coma durante 2019.
Da programação do IndieLisboa tinha já sido anunciada anteriormente uma retrospetiva dedicada à realizadora francesa Sarah Maldoror.
Fonte: Lusa