Nova ala do Palácio da Ajuda acolhe Museu do Tesouro que abre ao público em novembro

A nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, que marca a conclusão de uma obra com 226 anos, vai receber mil jóias da coroa portuguesa e abrir ao público em novembro, no Museu do Tesouro Real.

O novo museu nacional funcionará dentro de uma caixa-forte com alta segurança, dentro do edifício agora acabado, mas totalmente separado das duas torres laterais, criadas para aumentar as acessibilidades do Palácio da Ajuda, indicou o arquiteto João Carlos Santos, responsável pelo projeto da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

“Após mais de dois séculos do lançamento da primeira pedra, em novembro de 1795, pelo príncipe regente, D. João, e depois de várias vicissitudes na história trágica da construção do palácio, finalmente deu-se a coincidência de um grupo de personalidades ter tido a coragem de acabar com a maldição que sobre ele se abatia”, comentou o arquiteto.

A morte do monarca, as invasões francesas, incêndios, derrocadas e, por último, em décadas recentes, a falta de consenso em relação ao desenho do projeto, viriam a adiar sucessivamente esta empreitada que possui uma área bruta de 12 mil metros quadrados e usou 200 toneladas de pedra de lioz em reconstrução de fachadas.

Na inauguração da nova ala, cujo projeto foi lançado há quatro anos, estiveram presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e o diretor do palácio, José Alberto Ribeiro, entre outras individualidades.

O novo edifício, na ala poente do palácio, possui uma estrutura em vidro com lâminas verticais, que deixa entrar a luz no interior, e acolhe, no terceiro e no quarto pisos, uma caixa-forte com 40 metros de cumprimento, dez de largura e dez de altura que irá receber, em 72 vitrines repartidas por 11 núcleos, o acervo do museu, “uma coleção de valor incalculável, considerada uma das mais valiosas do mundo, e que nunca foi exposta na totalidade”, disse João Carlos Santos.

Fonte: Lusa

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